5- O garoto invisível
Alvo jamais imaginou que um dia fosse ficar tão intrigado com alguma coisa. Ele não vira mais o estranho menino sentado á mesa da Corvinal desde o primeiro dia de aula, mas isso não lhe saia da cabeça.
Já que o garoto havia desaparecido, Alvo não tinha com o que se preocupar, mas mesmo assim, a duvida e a curiosidade açoitavam sua mente a intervalos regulares. Estava ficando antipático, e respondia mal qualquer um que interrompesse seus pensamentos. Até rosa, Hugo e Lílian haviam parado de falar com ele.
Mas o que Alvo não imaginava era que, em breve, sua duvida cessaria, talvez, para sempre...
***
Tudo aconteceu durante a hora do jantar, todos já estavam acostumados a ignorar Alvo quando ele entrava no grande salão, a menos que ele dirigisse a palavra à alguém, o que raramente acontecia.
Mas nesse dia tudo estava prestes a mudar.
Alvo mal entrara no salão quando viu o estranho garoto. Mas o pior não foi isso. O garoto o estava chamando. Sem sequer perceber onde estava indo, Alvo seguiu o garoto para fora do salão, e através do saguão de entrada, até a orla da floresta proibida, onde o menino parou, e ficou encarando-o.
Era como estar hipnotizado, pensou Alvo. Mas se estivesse mesmo hipnotizado, não poderia estar pensando, então nada mais fazia sentido, até que o garoto falou:
_ Você é Alvo Severo Potter?
Como se nada no mundo pudesse impedir Alvo de falar, ele respondeu:
_ Sou.
_ E você sabe quem EU sou?
_ Não.
_ Então agora vai saber. Seu pai já lhe falou sobre o maior bruxo das trevas de todos os tempos? Lorde Voldemort?
_ Sim. Falou.
_ E também lhe disse como o derrotou?
_ Não.
_ Então eu vou lhe dizer. FOI UMA IMENSA TRAPAÇA. Essa é a verdade, MEU pai jamais teria morrido se não fosse pelo SEU pai. Eu sou Tom Marvolo Riddle II!
_ Como assim? Você é filho de Voldemort?
_ Sim eu sou. Só que muito mais poderoso que ele. Posso ser visível apenas para você, se quiser. E também posso me manter jovem, se quiser. Sabe quantos anos eu tenho de verdade?
_ Não.
_ Eu tenho 55 anos. Essa é a realidade.
_ 55? Mais então o que esta fazendo em Hogwarts?
_ Ora. O que mais seria além de destruir você?
Nesse momento Alvo percebeu que sua vida corria perigo. Pode ter sido o destino, mas nesse momento, Rosa apareceu com a profa. Mcgonagall.
_ Potter, o que você esta fazendo aqui? –Perguntou Mcgonagall em tom histérico.
_ Hã, eu, eu não estava me sentindo bem, então sai para dar uma volta.
Alvo sentiu que não devia contar a Mcgonagall sobre o que havia acontecido momentos antes.
_ Potter, você sabe que não deve sair por ai perambulando pelos terrenos da escola durante a noite. Menos cinco pontos para a Grifinória.
_ Tudo bem Professora.
_ Agora, vamos para dentro.
_ Ok.
E entraram no castelo. Alvo tinha perdido completamente o apetite, então foi direto para o dormitório dos meninos, que no momento ainda estava vazio. Assim estava melhor. Precisava de tempo e tranqüilidade para digerir todas aquelas informações.
Voldemort tinha um filho, e este viera para vingar a morte do pai. Isso era realmente impressionante. Em meio a todos esses pensamentos, adormeceu num sonho agitado e cheio de sonhos superficiais, cansado demais para pensar mais...